Dona Luisa dos Tatus, de Belo Jardim, é encantada pela FenearteRicardo B. Labastier/JC Imagem |
Do jconline
Obras de todas as formas, texturas e cores. Artistas de todos os sotaques e regiões. Os 800 espaços - que mais parecem retalhos de uma enorme colcha de memórias e identidades, tradições e inovações, e guardam histórias de amor e dedicação ao ofício, uma verdadeira #FéNaArte - fazem da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) vitrine da arte popular brasileira e para os artistas pernambucanos, excelente oportunidade de vendas.
Mestre Zuza Batista, 57 anos, é de Tracunhaém, na Zona da Mata, um dos principais polos da arte do barro. Criador de peças figurativas da fé pernambucana, ele intensifica sua produção desde março, quatro meses antes do evento. "Artista é muito assim: à medida que suas obras vão sendo vendidas, passa a produzir mais."
Esta é a oitava Fenearte da qual Zuza participa - a terceira dele alçado à alameda nobre, dedicada aos mestres artesãos. Formado em história, ele preferiu o ofício da arte ao trabalho de professor - embora ainda dê aulas esporádicas em cursos de formação do artesanato oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). "Trabalho com artesanato desde os 14 anos."
No ano passado, Zuza faturou R$ 5 mil. Um ano fraco de vendas, segundo ele motivado pela Copa do Mundo no mesmo período da feira. Este ano, mesmo com um fantasma chamado "crise econômica", o ceramista se vale do otimismo: "Quero vender tudo".
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